Empresas pedem extensão do Minha Casa Minha Vida para famílias com renda até R$ 8,5 mil
Incorporadoras solicitam ao governo ajuste nas faixas de renda do programa Minha Casa Minha Vida para atender mais famílias. A proposta é aumentar os limites de renda das faixas, enquanto o governo considera criar uma nova faixa para a classe média.
Incorporadoras do Minha Casa Minha Vida (MCMV) pedem ao governo federal ajustes nas faixas de renda para beneficiar mais mutuários. As solicitações incluem:
- Faixa 1: de R$ 2.850 para R$ 3.000
- Faixa 2: de R$ 4.400 para R$ 4.700
- Faixa 3: de R$ 8.000 para R$ 8.500
Argumento das empresas: Aumentos na renda média elevaram beneficiários a faixas superiores, resultando em perda de subsídios e dificuldades na compra de imóveis.
Famílias na faixa 1 têm direito a subsídios de até R$ 55 mil e financiamento a juros entre 4% e 5% ao ano. Com a mudança para a faixa 2, perdem o subsídio e os juros aumentam para até 7%, fazendo essa transição ser uma barreira.
Contraponto do governo: O último ajuste foi em agosto de 2024 e a faixa 3 não foi alterada. Um interlocutor defendeu que o limite atual já cobre 80% da população.
A limitação de recursos do FGTS é o principal obstáculo para incluir mais beneficiários. Não houve retorno do Ministério das Cidades sobre o tema.
Surpreendeu as incorporadoras a proposta do governo Lula de criar uma nova faixa para famílias com renda de até R$ 12 mil, possibilitando financiamentos a taxas menores e subsidiadas, contrastando com o crédito atual de 12% ao ano.
Como solução para a falta de recursos do FGTS, o governo remanejou R$ 15 bilhões do Fundo Social do Pré-Sal para o MCMV e pediu ao Congresso mudanças na Lei Orçamentária Anual (LOA). Essa iniciativa visa estimular a economia e criar uma agenda positiva para setores produtivos.
Esta notícia foi publicada no Broadcast+ em 20/03/2025, às 15:58.