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Empresas promovem investimentos nos EUA para se aproximar de Trump

Companhias se comprometem com investimentos massivos nos EUA, mas muitos planos já estavam em andamento antes da gestão Trump. Análises apontam que as promessas podem não refletir um aumento real de novos investimentos, parecendo, em alguns casos, uma resposta a tarifas propostas.

Empresas americanas anunciaram investimentos de centenas de bilhões de dólares nos EUA, com apoio do presidente Donald Trump, que implementa tarifas para favorecer indústrias locais.

A página da web "O Efeito Trump" destaca que as políticas do presidente geraram trilhões em novos investimentos em manufatura, tecnologia e infraestrutura.

Entretanto, uma análise revela que muitos planos de investimento já estavam comprometidos ou fazem parte de custos operacionais contínuos. Diversas farmacêuticas estão em lobby contra tarifas sobre medicamentos importados.

Os planos variam de US$ 500 bilhões de empresas como Apple e Nvidia a investimentos menores, como LGM Pharma planejando US$ 6 milhões em expansão.

Hamilton Lenox, da LGM Pharma, afirmou que seus planos estavam em andamento há anos e não foram impulsionados pelas tarifas, embora a Casa Branca considere o investimento como parte do crescimento da manufatura nos EUA.

A Casa Branca assegura que o governo Trump é um fator crucial para esse retorno de investimentos, citando a redução de regulamentações e coordenação com o setor privado.

Empresas farmacêuticas como Eli Lilly e Johnson & Johnson prometeram grandes investimentos, mas muitos dos quais já estavam planejados, segundo análises de especialistas.

  • Eli Lilly: US$ 27 bilhões em novas fábricas.
  • Johnson & Johnson: US$ 55 bilhões em quatro anos, parte já em andamento.
  • Novartis: US$ 23 bilhões em cinco anos, levando a questionamentos sobre o cronograma.

Investimentos em tecnologia também marcam presença na lista da Casa Branca, como os US$ 500 bilhões da OpenAI e Apple, cujo montante inclui custos operacionais e planejamento já existente.

Trump é creditado por estimular expansão em diversas indústrias, mas analistas duvidam que todos os compromissos sejam de fato novos investimentos.

A Stellantis prometeu US$ 5 bilhões para reabrir uma fábrica, enquanto a Schneider Electric anunciou US$ 700 milhões, incorporando investimentos previamente planejados.

A situação reflete uma mistura de novos compromissos e ampla continuidade em gastos que muitas empresas já haviam projetado anteriormente. As tarifas e as políticas de Trump desempenham um papel complexo na dinâmica do investimento nos EUA.

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