Empresas que não mudarem hoje não sobreviverão nos próximos 10 anos, diz sócio global da PwC
Executivo da PwC alerta sobre os riscos crescentes que as empresas devem enfrentar, incluindo cibersegurança e mudanças climáticas. Na entrevista, ele destaca a importância de se preparar para uma nova era de desafios e incertezas no ambiente de negócios.
Desafios e riscos nas empresas devem ser abordados com cautela, afirma Sam Samaratunga, sócio global de risco da PwC. Durante entrevista ao Estadão, o especialista ressalta a necessidade de as empresas se adaptarem às mudanças tecnológicas e climáticas.
As empresas devem estar atentas a diversos riscos, especialmente os maciços como geopolíticos, econômicos e climáticos. Samaratunga destaca que reinventar-se é essencial e que a segurança cibernética continua sendo uma preocupação predominante.
Ele divide a gestão de riscos em quatro níveis:
- Risco estratégico: entender implicações de geopolítica e tecnologia;
- Risco do dia a dia: gerenciamento contínuo e governança;
- Resiliência: preparar-se para crises inevitáveis;
- Reação a crises: como responder e prosperar após um evento crítico.
Sobre a inteligência artificial, Samaratunga enfatiza a importância da confiabilidade dos dados e da segurança no uso da tecnologia. Ele observa que as organizações devem ter bases tecnológicas sólidas e definir claramente a governança do uso da IA.
Quanto à sustentabilidade, ele defende um equilíbrio entre a lucratividade de curto prazo e a gestão de desafios climáticos. O setor financeiro é chamado a impulsionar investimentos verdes.
Sam destacam também a importância da modelagem climática para entender as vulnerabilidades e a necessidade de uma comunicação transparente, que fortaleça a confiança com stakeholders. Ele alerta para os riscos da geopolítica, sugerindo que as empresas estejam sempre preparadas para mudanças rápidas e imprevistas, mantendo a comunicação eficaz e respeitando as expectativas de diferentes gerações.