Encontro com mãe de Cid foi casual, diz advogado de Bolsonaro ao STF
Advogado de Jair Bolsonaro nega ter tentado obter informações sobre delação de Mauro Cid e pede dispensa de depoimento à PF. Ele destaca encontro breve e casual com a mãe do militar, sobre o qual não houve discussão referente à colaboração premiada.
Advogado de Bolsonaro, Paulo Amador Cunha Bueno, nega acusações no STF.
Em petição protocolada em 30 de junho de 2025, o advogado declarou que não buscou informações sobre a delação do tenente-coronel Mauro Cid, nem tentou assumir sua defesa.
Bueno confirmou um encontro com *Agnes Barbosa Cid*, mãe do militar, categorizando-o como “casual e breve” durante um torneio hípico em São Paulo e pediu dispensa de depoimento à *Polícia Federal*.
O ministro *Alexandre de Moraes* determinou o depoimento de Bueno e do ex-assessor *Fábio Wajngarten*, após a defesa de Cid relatar que ambos abordaram seus familiares para obter informações.
Na manifestação, Bueno negou as acusações e afirmou: “No único episódio em que estive com familiares do Cel. Cid, o encontro foi breve, amistoso e absolutamente protocolar.”
Ele ressaltou que, por já representar Bolsonaro, não poderia defender Cid: “Cooptar clientes com advogados já constituídos seria imoral.”
Bueno contou que intermediou, a pedido de Wajngarten, a inscrição da filha de Mauro Cid no torneio e que, em conversa, não foi abordado o tema da colaboração premiada do tenente-coronel.
A mãe do militar, Agnes, também declarou que não houve perguntas sobre a colaboração. O advogado não foi incluído no pedido final da defesa de Cid para investigações sobre infrações.
Por fim, Bueno solicitou ao STF ser dispensado do depoimento agendado para 1º de julho, afirmando que sua petição já esclarece os fatos e se colocou à disposição para ratificá-los, se necessário.