Endividamento sobe pelo quinto mês seguido, mas inadimplência segue estável, diz CNC
O endividamento das famílias brasileiras atinge o maior nível em cinco meses, com 78,4% na pesquisa de junho. Apesar do aumento das dívidas, a inadimplência se mantém estável, revelando um cenário preocupante para a economia das famílias.
Número de Famílias Endividadas no Brasil atinge 78,4% em junho, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC). Isso marca o quinto mês consecutivo de alta, superando os 78,2% de maio.
Inadimplência se mantém estável em 29,5%, mesmo índice de maio, e levemente maior que 28,8% do ano passado.
A pesquisa inclui dívidas de cartões de crédito, cheque especial, carnês, crédito consignado, empréstimos pessoais, entre outras.
Percentual de famílias consideradas “muito endividadas” cresceu de 15,5% para 15,9%. Inadimplentes sem condições de pagamento permaneceu em 12,5%.
Famílias com dívidas há mais de um ano caiu para 32,2%, o menor nível desde março de 2024. Aumento foi observado em dívidas de até seis meses.
Comprometimento da renda melhorou: caiu para 19,2% o percentual de famílias que destinam mais da metade do orçamento ao pagamento de dívidas. Média geral de comprometimento caiu para 29,6%.
O tempo médio de atraso nas dívidas reduziu para 64,1 dias. Famílias com contas vencidas há mais de 90 dias caiu para 47,3%.
Cartão de crédito continua como principal fonte de endividamento (83,3%), mas perdeu participação em relação a junho de 2024 (86,4%). Carnês subiram de 16,0% para 17,0%.
Entre famílias com renda de três a cinco salários mínimos, endividamento subiu para 80,9%, enquanto que de até três salários mínimos foi para 81,1%.
Entre os grupos de 5 a 10 salários mínimos, houve leve recuo para 78,7% e acima de 10 salários mínimos para 67,5%.
Inadimplência** na classe média baixa cresceu de 28,9% para 29,4%. Expectativa é de que o endividamento cresça até o fim de 2025, com incremento de 2,5 pontos percentuais.
Artigo produzido com auxílio de IA.