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Energia representa até 92% do preço de alimentos, diz estudo

Levantamento revela que custos de energia impactam significativamente preços de bens e serviços no Brasil. Aumento expressivo da energia industrial e reformas propostas pelo governo geram preocupações sobre inflação e competitividade.

Levantamento da Abrace revela que o custo da energia elétrica no Brasil é muito maior do que a fatura mensal. Apenas 34,7% é pago diretamente pelos consumidores.

Dados mostram que 41,5% do custo está incluído nas mercadorias e 26,9% nos serviços. A competitividade da indústria é afetada e a energia é um vetor significativo da inflação.

Desde 2000 até 2024, o custo unitário de energia subiu 1.299% para eletricidade e 2.251% para gás natural. Em comparação, o IPCA acumulou alta de 326%.

Os preços da energia no Brasil superaram os internacionais: 231,4% para eletricidade e 115,8% para gás natural. Nos EUA, a eletricidade subiu 127,5%.

A inflacionação superou a meta do Banco Central em 50% durante o mesmo período, elevando o custo de vida e o desemprego.

A Abrace criticou a reforma do setor elétrico pela MP 1.300/2025, que busca reduzir custos para famílias de baixa renda, mas transfere encargos aos consumidores industriais, aumentando os preços e a inflação.

A nova tarifa social inclui gratuidade de até 80 kWh/mês para famílias do CadÚnico com renda per capita até meio salário mínimo. A medida entra em vigor em 5 de julho, mas depende do aval do Congresso.

O governo prevê que 60 milhões de pessoas se beneficiarão, mas com custo repassado aos consumidores, resultando em aumento de até 20% no custo de energia para indústrias de alta tensão e gerando pressão inflacionária adicional de 2 pontos percentuais no IPCA nos próximos 12 meses.

A Abrace destaca que isso pode agravar o custo de vida ao encarecer produtos essenciais.

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