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Engie: compra de R$ 3 bi não animou? Mercado vê dividendos limitados por mais tempo

Engie expande seu portfólio de geração de energia com compra de usinas, enquanto analistas sinalizam aumento na alavancagem e impacto nos dividendos. Transação avaliada em quase R$ 3 bilhões deve gerar Ebitda anual de R$ 360 milhões e traz baixos riscos de volatilidade de preços.

Engie (EGIE3) anunciou a aquisição de 100% das usinas hidrelétricas Cachoeira Caldeirão e Santo Antônio do Jari, por quase R$ 3 bilhões. A ação da empresa caiu 0,69%, para R$ 38,81.

As usinas possuem concessões até 2045 (Jari) e 2048 (Cachoeira), com quase 100% da capacidade firme vendida em contratos de longo prazo. O Banco Bradesco BBI considera a aquisição positiva, com uma TIR real de cerca de 10%, podendo chegar a 11% com a redução de despesas operacionais.

O BBI projeta um Ebitda anual de R$ 360 milhões, com dívida líquida de R$ 750 milhões até 2024. A relação dívida líquida/EBITDA deve subir para 3,8 vezes até 2025, frente a 2,7 vezes no 4T24. O BBI manteve recomendação underperform e preço-alvo de R$ 37.

O Itaú BBA prevê um VPL de R$ 589 milhões, com TIR de 12%. A alavancagem pode aumentar de 3,4 vezes para 3,8 vezes em 2025, enquanto a XP Investimentos vê a TIR real em 8,8%, projetando um aumento para 3,0 vezes.

A XP manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 42. O Morgan Stanley, por sua vez, acredita que a avaliação inicial é elevada e reiterou recomendação equivalente à venda com preço-alvo de R$ 36.

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