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Enquanto Alemanha fecha fronteiras, refugiado vira herói em Hamburgo

O ataque em Hamburgo gera debates sobre segurança e imigração na Alemanha. O gesto heroico de Muhammad al Muhammad e os antecedentes de crimes relacionados a refugiados intensificam a polarização política no país.

Atentado em Hamburgo: Na última sexta-feira (23), uma mulher atacou aleatoriamente 18 pessoas na estação central de trem de Hamburgo.

O ataque foi interrompido por um homem tchetcheno e um sírio, Muhammad al Muhammad, 19 anos, que recebeu um cappuccino da polícia.

Muhammad, refugiado de Aleppo, chegou à Alemanha em 2022. Sua história foi destacada junto à de outro compatriota, Issa Al H., que será julgado nesta terça-feira (27) por um ataque a faca em agosto de 2022, onde matou três pessoas.

O ataque de Issa causou uma reação anti-imigratória na Alemanha, resultando em mudanças na legislação de segurança e impulsionando o partido de extrema direita AfD nas últimas eleições.

O governo atual, sob o primeiro-ministro Friedrich Merz, adota um discurso rígido sobre controle de fronteiras e asilo. Em breve, Issa enfrentará acusações de homicídio e pertença ao Estado Islâmico.

Enquanto o controle de fronteiras se intensifica, críticas de grupos de direitos humanos aumentam. A Suíça apontou que a Alemanha compromete o Espaço Schengen.

Muhammad relatou ao site da Der Spiegel: "Decidi correr na direção dela e pará-la", descrevendo o momento em que imobilizou a agressora, que tinha histórico de problemas mentais.

A mulher, de 39 anos, foi internada, e o ferido mais grave já se recupera. Apesar da modesta recompensa, Muhammad expressou satisfação: "Fiquei muito feliz".

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