Enquanto Brasil fica no alvo, Índia tenta escapar da metralhadora tarifária de Trump apontada para o Brics
A Índia busca manter equilíbrio em suas relações com os EUA diante das ameaças tarifárias de Trump, enquanto reafirma sua posição no Brics. O país destaca que não pretende desafiar o domínio do dólar, diferindo de outros membros do grupo.
Brasil enfrenta ameaças tarifárias de Donald Trump, enquanto a Índia tenta evitar reações contra o Brics.
O presidente dos EUA criticou o grupo, chamando-o de “antiamericano” e acusando-o de tentar minar o papel do dólar como principal moeda.
Trump anunciou uma tarifa de 10% sobre os membros do Brics, incluindo a Índia, após implementar tarifas de 50% sobre o Brasil, uma das mais altas até agora.
A cúpula do Brics no Brasil resultou em um comunicado conjunto que criticou as tarifas que distorcem o comércio. A Índia, por sua vez, optou por não criticar publicamente Trump, indicando a necessidade de manter boas relações com Washington.
Autoridades indianas afirmam acompanhar as ameaças tarifárias, mas não veem motivos para alarme. Elas também esclareceram que a Índia não objetiva desdolarizar o comércio, diferindo do posicionamento de outros membros do Brics.
Com a presidência rotativa do Brics prevista para 2026, a Índia busca se diferenciar de China e Rússia, que promovem uma oposição mais forte aos EUA.
O Ministério do Comércio indiano não comentou sobre as tarifas, e um diplomata indiano informou que Modi e Lula não discutiram as ameaças durante a visita de Estado.
Històricamente, a Índia tem sido considerada pelos EUA como uma parceira estratégica, embora estas relações tenham sofrido tensões após Trump reivindicar mediação entre Índia e Paquistão.