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Enquanto 'Sete Magníficas' se tornaram 'Sete Maléficas', techs latinas entregam retorno de 36% este ano, diz BofA

Empreendedores destacam a recuperação das techs latinas em meio à incerteza econômica. Com um crescimento positivo e valuations atrativos, as startups da região estão se reposicionando no mercado global.

Empreendedores e investidores se reuniram em Nova York para a Brazilian Week e encontraram um ambiente otimista para as empresas de tecnologia na América Latina.

Durante o Latin America Private Tech Trailblazers Summit, Augusto Uermeneta, presidente do BofA Securities para a região, destacou esse cenário positivo. Ele observou que as Sete Magníficas (Amazon, Apple, Meta, Tesla, Nvidia, Google e Microsoft) enfrentaram um retorno negativo de 8% em 2025. Em contrapartida, as techs latinas oferecem um retorno de 36%.

Uermeneta atribui esse desempenho às tarifas comerciais do governo Trump e outros riscos geopolíticos que impactaram as gigantes globais. "As techs latinas ficaram muito baratas para ignorar", disse.

Uma ferramenta de inteligência artificial gerou uma imagem que representou a trajetória das techs latinas: um unicórnio que se transforma em uma fênix, simbolizando a recuperação do mercado. O valor das techs latinas caiu para US$ 93 bilhões em junho de 2022, mas agora atingiu US$ 231 bilhões.

O executivo também mencionou que as valuations estão mudando para "um valor com fundamentos". As techs latinas atualmente são negociadas a um múltiplo de 9,6 vezes o preço/lucro, abaixo da média histórica de 14,6 vezes.

Embora as perspectivas sejam positivas, Uermeneta alerta que o mercado latino precisa melhorar, pois o índice MSCI da região apresentou um retorno negativo de 48% em dólares nos últimos 15 anos, em contraste com a alta de 963% do Nasdaq.

O executivo ressaltou que as empresas da região precisam ganhar escala e diversificar. Atualmente, Mercado Livre e Nubank representam 82% das techs latinas. "Para atrair investidores estrangeiros, as techs devem crescer entre 30% e 40%% ao ano e ser lucrativas", concluiu.

Além de Mercado Livre (55% do valor das techs) e Nubank (27%), outros nomes incluem XP (4%), Globant (3%) e Stone (2%).

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