HOME FEEDBACK

Entenda a diferença entre o IGP-M e o IPCA

Diferenças entre os índices de inflação IPCA e IGP-M refletem comportamentos de consumo distintos e composições variadas. O estudo revela como cada indicador pode impactar a percepção econômica e os reajustes de contratos.

Diferenças entre os índices de inflação: IPCA e IGP-M

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é a inflação oficial do Brasil, enquanto o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) corrige contratos de locação.

Em 2017, o IPCA fechou em 2,95% e o IGP-M ficou negativo em 0,52%. Em 2019, o IGP-M subiu para 7,30%, enquanto o IPCA estava em 4,31%.

Diferenciação nos Cálculos:

  • O IPCA observa produtos e serviços ao consumidor.
  • O IGP-M é composto por três índices: IPC, IPA e INCC.

O IPC (índice de preços ao consumidor) representa só 30% do IGP-M. Enquanto isso, o IPA, que mede preços no atacado, e o INCC, que avalia custos da construção civil, têm maior peso no IGP-M.

Segundo Pedro Kislanov, gerente do IPCA, a percepção de inflação varia conforme a cesta de consumo de cada família.

Impacto da Pandemia:

A pandemia afetou o comportamento de consumo, e uma nova Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) será necessária para ajustar pesos dos itens na inflação, porém, há incertezas sobre sua realização antes de 2022.

Histórico do IGP-M:

O IGP-M surgiu para proteger contratos em períodos de hiperinflação e é usado em reajustes tarifários e de aluguéis.

Proprietários agora podem optar por reajustes baseados no IPCA, conforme a lei do inquilinato de 1991.

Embora o IGP-M ainda seja amplamente utilizado, sua relevância na indexação de contratos diminuiu com o tempo, segundo André Braz, coordenador de índices do Ibre/FGV.

Leia mais em folha