Entenda a promessa de investimento de US$ 600 bilhões da Apple nos EUA
Tim Cook e Donald Trump formalizam investimento de US$ 600 bilhões para fortalecer a produção de chips nos EUA. A Apple busca evitar tarifas enquanto mantém a cadeia de suprimentos conectada à Ásia.
Tim Cook, CEO da Apple, fechou um acordo com Donald Trump para investir US$ 600 bilhões (R$ 3,5 trilhões) nos Estados Unidos em quatro anos, visando desenvolver uma cadeia de suprimentos de chips americana.
Cook buscou alívio tarifário e reiterou uma estratégia do primeiro mandato de Trump: prometer grandes investimentos sem desestruturar a produção da Apple, que ainda depende fortemente da Ásia.
No dia 6, Cook anunciou um novo investimento de US$ 100 bilhões (R$ 542 milhões), somando-se a um plano de US$ 500 bilhões (R$ 2,7 trilhões) de fevereiro. O compromisso abrange:
- Compras locais
- Gastos com centros de dados e pesquisa
- Geração de empregos diretos
- Produções do Apple TV+ em 20 estados americanos
Entre os destaques, está um investimento de US$ 2,5 bilhões na fabricante Corning e um contrato de longo prazo com a Coherent. Cook destacou a produção de 19 bilhões de chips em 24 fábricas, mas não especificou o valor exclusivo para chips.
Cook reforçou que a montagem final do iPhone ainda ocorrerá fora dos EUA, e os analistas questionam a viabilidade dos investimentos prometidos. A Apple também anunciou colaborações com empresas como Samsung e Broadcom para fabricação de chips.
Embora o plano dependa de fornecedores como a TSMC, que já investe nos EUA, analistas do Jefferies expressaram ceticismo quanto ao compromisso de US$ 600 bilhões, considerando-o vago.
A análise indica que a Apple conseguiu conquistar Trump sem mudar profundamente sua cadeia de suprimentos, mantendo a estabilidade das margens e a competitividade no mercado de smartphones.