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Entenda como a tarifa recíproca de 10% dos Estados Unidos afeta o Brasil

A decisão de Donald Trump gera reações de preocupação no Brasil e pode afetar negativamente as exportações nacionais. Especialistas analisam a possibilidade de oportunidades e riscos no comércio global, especialmente com mercados asiáticos e as tarifas elevadas aos produtos chineses.

Tarifas Recíprocas dos EUA: Anunciadas por Donald Trump, devem impactar economias emergentes, incluindo o Brasil, que recebeu a menor alíquota de 10%. Itamaraty e Mdic lamentaram a decisão, afirmando que afetará exportações brasileiras para os EUA.

A medida, chamada de "Liberation Day", busca igualar a taxa de exportação e importação entre os americanos e outros países. A China enfrenta um aumento de 34% e a União Europeia de 20% nas tarifas.

O professor Matias Spektor alerta sobre a **invasão** de produtos de países que não conseguem entrar no mercado americano, principalmente da China. Este novo cenário exigirá mais negociações com outras nações.

A pesquisadora Lia Valls aponta que a tarifa de 10% pode ter um impacto significativo em produtos como aviões, que têm alta valorização. Entretanto, há esperança de negociação devido à presença da Embraer nos EUA.

Para setores como o de calçados, a tarifa de 10% pode trazer oportunidades, pois produtos brasileiros já enfrentam taxas variando de 0% a 48%. Haroldo Ferreira, da Abicalçados, indica que a situação pode não ser tão adversa.

O economista Luis Otávio de Souza Leal acredita que a menor taxa pode tornar o Brasil mais competitivo. Ele afirma que a medida foi mais suave do que se previa devido ao superávit na balança comercial.

Assis Moreira, do jornal Valor, ressalta que, se o governo Lula reduzir tarifas internas, pode combater a inflação e facilitar negociações com os EUA.

Nos bastidores, membros do governo brasileiro consideram retaliações, mas José Scheinkman, da Universidade de Columbia, alerta sobre os riscos de uma escalada nas tarifas se o Brasil retaliar.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a China já anunciaram intenção de retaliar as novas tarifas de Trump.

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