Entenda como vai funcionar MP com novidades para o consignado de trabalhadores CLT
Novo programa de crédito consignado permitirá que trabalhadores formais do setor privado utilizem parte do FGTS como garantia. Medida visa reduzir taxas de juros e ampliar acesso ao crédito, beneficiando milhões de empregados no país.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina hoje (12) medida provisória (MP) que cria linha de crédito consignado para trabalhadores do setor privado, visando estimular a economia.
O programa, chamado "Crédito do Trabalhador", beneficia empregados com carteira assinada (CLT) e permite o uso de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) como garantia.
- MP já está valendo?
A MP entra em vigor imediatamente, mas precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional em até 120 dias. O governo ainda vai definir a regulamentação e a plataforma digital que deve começar a funcionar em 21 de março. - Quem a medida beneficia?
Trabalhadores formais da iniciativa privada, incluindo empregados rurais, domésticos, e MEI (microempreendedor individual). Eles poderão solicitar empréstimos em mais de 80 instituições financeiras. - Como aderir?
Uma plataforma digital permitirá comparação de ofertas de empréstimos. Trabalhadores com consignado ativo poderão migrar para a nova linha a partir de 25 de abril, com portabilidade disponível a partir de 6 de junho. - Como deve funcionar o novo consignado?
- Os bancos acessarão informações via eSocial para conceder crédito.
- Propostas de crédito serão enviadas em até 24h após solicitação.
- Limite pode ser de até 35% do salário bruto.
- FGTS pode garantir até 10% do saldo, além da multa rescisória.
- Descontos serão feitos automaticamente pelo empregador para repasse à Caixa Econômica Federal.
- De quanto será a redução nos juros?
A expectativa é de que as taxas caiam até 40%, com valores se aproximando de clientes do setor público (1,8% ao mês) e aposentados (1,66% ao mês). Atualmente, trabalhadores pagam em média 2,89% ao mês.
Atualmente, existem 47 milhões de trabalhadores formais no Brasil, e essa medida pode triplicar o volume de crédito disponível de R$ 40 bilhões para R$ 120 bilhões.
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