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Entenda em 10 pontos a fraude do INSS e o que ainda falta ser explicado

Operação Sem Desconto desvenda esquema que resultou em R$ 8 bilhões de deduções indevidas no INSS. Denúncias levaram ao afastamento de altos funcionários e à auditoria de diversas entidades envolvidas.

Operação Sem Desconto da Polícia Federal e CGU revelou fraudes em deduções de benefícios de aposentados do INSS, com cobranças irregulares potencializando valores de R$ 6,3 bilhões (2019-2024) e R$ 8 bilhões desde 2016.

Como resultado, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido após denúncias de omissão. A investigação revelou que 97% dos 1.300 entrevistados não autorizaram os descontos. A CGU auditou 29 entidades e identificou documentação incompleta em 70% delas.

A quantidade de entidades aumentou de 15 em 2021 para 33 em 2024. As entidades afirmam prestar serviços em troca de descontos, mas a PW enfatiza que apenas uma entidade teve vínculo assinado em 2023.

Seis servidores públicos foram afastados, incluindo diretoria do INSS. A PF cumpriu 211 mandados e sequestrou bens avaliados em R$ 1 bilhão.

A partir de 2024, o INSS adotará novas medidas para restringir descontos, incluindo assinatura eletrônica e biometria na formalização.

Na quinta-feira, o governo suspendeu todos os Acordos de Cooperação Técnica do INSS para evitar repasses, e os valores descontados serão restituídos. Contudo, não há prazo para o ressarcimento total.

O controle e as falhas administrativas foram criticados, e a investigação busca entender envolvimentos de servidores públicos e a real autorização dos beneficiários. A expectativa é por um pronunciamento do presidente Lula sobre as fraudes.

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