Entenda em 5 gráficos o que aconteceu com a economia americana seis meses após a posse de Trump
Trump inicia segundo mandato com economia global em risco e incertezas fiscais. Especialistas apontam seu governo como o pior dos últimos tempos, agravando a desigualdade e a volatilidade do mercado.
Retorno de Donald Trump à Casa Branca gera ondas de impacto global.
Em 20 de agosto, Trump completa seis meses do seu segundo mandato. A economia mundial agora enfrenta desafios crescentes. O economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, afirma: "É difícil ver governo tão ruim na história dos EUA."
Em abril, o FMI cortou as expectativas de crescimento global de 3,3% para 2,8%, citando as tarifas de importação de Trump como uma fonte de turbulência.
Trump lançou uma guerra comercial que gerou incertezas, inibindo investimentos. O impacto inicial provocou perdas significativas no mercado. Em 2 de abril, o presidente anunciou tarifas para 185 países, incluindo 50% para o Brasil.
O mercado começou a se recuperar com a expectativa de negociações e uma abordagem menos agressiva em relação às tarifas. O Dow Jones subiu 1,76%, enquanto o Nasdaq e S&P 500 avançaram 5,61% e 4,45%, respectivamente.
As promessas de Trump incluem políticas econômicas controversas que podem elevar a inflação e reduzir o crescimento. No primeiro trimestre, o PIB dos EUA recuou, e a inflação já apresenta sinais de alta. O Índice de Preços ao Consumidor subiu 0,3% em junho.
A missão do Federal Reserve para controlar a inflação de 2% agora é mais complexa, especialmente com os ataques de Trump ao presidente Jerome Powell.
A incerteza fiscal também aumenta, com um pacote que pode elevar a dívida pública em US$ 3,3 trilhões. A Moody’s abaixou a nota dos EUA de Aaa para Aa1.
Vale conclui que as escolhas fiscais de Trump, como manter cortes de impostos a ricos enquanto reduz benefícios sociais, podem agravar a desigualdade de renda nos EUA.