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Entenda o passo a passo da análise sobre a punição dos deputados que fizeram motim na Câmara

Corregedoria da Câmara analisa representação contra 14 deputados que participaram de motim. Sanções podem incluir suspensão de mandatos por até seis meses, dependendo da avaliação sobre a conduta parlamentar.

Corregedoria da Câmara recebeu, nesta segunda-feira (11), uma representação do presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) contra 14 deputados federais que participaram do motim que impediu os trabalhos legislativos.

O motim, em resposta à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi marcado por uma ocupação das Mesas Diretoras das duas Casas do Congresso, durando mais de 30 horas. A ocupação é considerada irregular pelo Regimento Interno da Câmara, embora o PL alegue ter sido “pacífica e legítima”.

A representação pode resultar na suspensão dos mandatos dos parlamentares, um processo acelerado por uma nova resolução da gestão de Arthur Lira (PP-AL). O rito atual permite que a suspensão ocorra em até cinco dias úteis, caso a representação venha da Mesa.

A Corregedoria, liderada por Diego Coronel (PSD-BA), tem 48 horas para se manifestar sobre a denúncia. As punições podem variar de censura a suspensão cautelar do mandato, com possibilidade de arquivamento se não houver violação ao decoro.

Caso a sanção passe pelo Conselho de Ética, um relator será designado e o parecer deve ser votado em até três dias. Representações de suspensão “furam a fila” e devem ser tratadas com urgência pelo colegiado.

As decisões requerem maioria absoluta para aprovação e o parlamentar punido pode recorrer ao plenário da Câmara, com prazos específicos para defesa e recurso.

O PL, com 11 parlamentares representados, é o partido mais afetado. O PP e o Novo também estão na lista. Em um caso separado, a deputada petista Camila Jara (MS) é alvo de representação por suposta agressão ao deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), o que foi negado pela bancada do PT.

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