Entenda o projeto que quer transformar o Corinthians em SAF popular
Proposta de transformação do departamento de futebol do Corinthians em SAF visa permitir a participação dos torcedores na gestão do clube. Iniciativa busca sanar dívidas e recuperar o protagonismo esportivo por meio de um modelo de governança corporativa e ações acessíveis.
Grupo de torcedores do Corinthians propõe criação da Safiel, um projeto para transformar o departamento de futebol do clube em SAF (Sociedade Anônima do Futebol) com controle pulverizado.
O projeto permitirá a compra de ações a partir de R$200, com o objetivo de sanar dívidas e recuperar o protagonismo do clube.
A iniciativa separa os ativos de futebol do clube social e limita o controle a 1,8% do capital total por investidor, mantendo o controle nas mãos dos torcedores.
Carlos Teixeira, um dos idealizadores, afirma que a Safiel visa a refundação administrativa e financeira das propriedades de futebol do Corinthians.
A SAF foi criada pela Lei 14.193/2021, permitindo que clubes se tornem empresas e acessem novos financiamentos.
A proposta surgiu em um encontro com grandes doadores e busca apenas a participação dos torcedores para sanar dívidas, ao invés da política tradicional.
Entre os idealizadores está Mauricio Chamati, fundador do Mercado Bitcoin, que fez doações a campanhas recentes do clube.
A estrutura de governança do Safiel incluirá quatro colegiados e critérios rigorosos para qualificação de candidatos a conselhos.
O projeto quer criar sete tipos de lotes de ações com direito a voto, começando em R$200, buscando inclusão e honestidade nas finanças do clube.
Uma cadeira no Conselho de Fiscalização será reservada para representantes das torcidas organizadas, institucionalizando seu papel fiscalizador.
Os idealizadores também defendem a preservação do caráter popular do futebol, mantendo preços acessíveis para torcedores de menor poder aquisitivo.
A meta é resolver as dívidas e, em cinco anos, listar o Corinthians na bolsa de valores sem perder o controle dos torcedores.
A comparação com clubes europeus como FC Bayern de Munique e Benfica demonstra o desejo de uma estrutura de capital hibrida.
Os próximos passos incluem intensificar o diálogo com o clube após a votação sobre o impeachment do presidente afastado, Augusto Melo, agendada para sábado.