Entenda o que é a Nova Rota da Seda da China

Nova Rota da Seda: iniciativa da China, oficialmente chamada de “Cinturão e Rota”, conecta países por terra e mar através da capacidade produtiva chinesa.

Lançada em 2013 pelo presidente Xi Jinping, a estratégia envolve acordos bilaterais para instalação de equipamentos chineses em portos, aeroportos, ferrovias e estradas. Em troca, os países têm acesso a créditos chineses.

De acordo com a Griffith University, a iniciativa já investiu US$ 1,18 trilhão, sendo US$ 704 bilhões em contratos e US$ 470 bilhões em investimentos não financeiros. Atualmente, cerca de 148 países participam, com 53 na África liderando.

Contudo, algumas nações abandonaram a iniciativa:

• Itália (2023) - buscando alinhar-se mais com os EUA;
• Filipinas (2023) - tensões militares com a China;
• Panamá (2023) - pressões da Casa Branca.

Os projetos são financiados por bancos chineses e executados por empresas chinesas. A China argumenta que a parceria é vantajosa, gerando desenvolvimento econômico nos países parceiros.

A 1ª fase focou em grandes obras de infraestrutura, mas a estratégia mudou para projetos menores devido a desconfianças sobre a gestão chinesa dos ativos.

A América Latina é uma região chave para a China, rica em recursos minerais e um mercado consumidor. Desde 2013, a China abriu 4 linhas de crédito de US$ 70 bilhões para financiar projetos na região.

Atualmente, 21 países da América Latina já estão envolvidos e a Colômbia pode aderir em breve. O Brasil, por sua vez, não faz parte da iniciativa, apesar de conversas sobre sinergias.

A iniciativa remete ao nome histórico “Rota da Seda”, que se refere às antigas rotas comerciais entre a China e a Europa, fortalecendo tanto as trocas culturais quanto o desenvolvimento econômico.