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Entenda o que levou Lupi a deixar o governo Lula

A saída de Carlos Lupi ocorre em meio a uma crise de denúncias sobre fraudes bilionárias no INSS. As investigações revelaram um esquema de descontos indevidos em aposentadorias, levantando questionamentos sobre a gestão do ministro.

Ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, deixa o cargo nesta sexta-feira, 2, em meio a denúncias de fraudes no INSS. A crise começou com um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões, investigado pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU).

A Operação Sem Desconto, deflagrada em abril, estimou R$ 6,3 bilhões em cobranças irregulares entre 2019 e 2024, podendo chegar a R$ 8 bilhões desde 2016. O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, indicado por Lupi, foi afastado e demitido por Luiz Inácio Lula da Silva, que também determinou uma intervenção no INSS.

As irregularidades, que comenzaron antes, dispararam em 2023, levando à investigação. Lupi foi alertado em junho de 2023, mas só tomou medidas em março de 2024. Embora tenha se defendido, a população apoiou sua saída, segundo pesquisa da AtlasIntel, com 85% a favor.

Enquanto a CGU investigava, identificou que a maioria dos descontos não era autorizada pelos beneficiários. Em resposta, o governo suspendeu acordos de cooperação técnica do INSS com sindicatos para interromper repasses suspeitos e prometeu restituir os valores descontados indevidamente.

O ambiente político pressionou Lupi, que, mesmo com apoio de aliados e da ministra Gleisi Hoffmann, tornou-se insustentável devido à crise. A oposição anunciou planos de protocolar uma representação criminal contra ele.

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