Entenda o que pode acontecer se o Irã fechar o estreito de Ormuz
Fechamento do estreito de Ormuz pelo Irã ameaça a logística energética global e pode elevar preços do petróleo. A medida é uma retaliação aos ataques dos EUA e pode impactar a inflação em diversas nações, incluindo o Brasil.
Parlamento do Irã aprova fechamento do Estreito de Ormuz - O Parlamento iraniano decidiu, neste domingo (22.jun.2025), fechar o estreito de Ormuz, que é vital para o transporte de 20% a 30% do petróleo global e importante para o GNL (gás natural liquefeito).
A decisão ocorre após bombardeios dos EUA às instalações nucleares do Irã e precisa do aval do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, para entrar em vigor. A medida pode afetar a logística energética global de forma imediata.
Apesar do direito de passagem ser protegido pela ONU, o Irã planeja agir unilateralmente em resposta aos ataques dos EUA. Os produtos que passam pelo canal incluem derivados de petróleo e mercadorias.
A obstrução poderá impulsionar a inflação global, elevando custos logísticos e do frete, com pressão sobre os preços de alimentos e transporte. O preço internacional do barril pode subir, afetando diretamente países como China, Índia, Japão e Coreia do Sul.
A decisão pode impactar economicamente até o Brasil, que, embora exportador, poderia sentir os efeitos do aumento no preço internacional do petróleo.
O Irã controla parcialmente a costa do estreito e pode justificar a obstrução devido aos ataques militares dos EUA. A resposta iraniana é vista como uma medida estratégica para punir o Ocidente e demonstrar seu poder geopolítico.
O estreito é essencial, com fluxo de 17 a 21 milhões de barris/dia e o preço do petróleo podendo ultrapassar US$ 120 se confirmado o bloqueio. O impacto econômico será significativo, especialmente na Ásia e na Europa.
Além disso, há a possibilidade de ações militares dos EUA e aliados para neutralizar o bloqueio. Rússia e outros países poderiam se beneficiar, aumentando suas exportações de petróleo.
A obstrução também pode causar desorganização nas cadeias logísticas globais de energia e pressionar a inflação. No Brasil, a Petrobras pode ver custos subirem, afetando o diesel e a gasolina, e consequentemente, levando o Banco Central a considerar aumentar a taxa Selic.