Entenda o que são LCIs e LCAs, que podem perder a isenção de IR
A proposta do Ministério da Fazenda de tributar os títulos de renda fixa gerou preocupações entre investidores, que percebem uma crescente adesão aos produtos como LCIs e LCAs. Apesar da mudança no cenário tributário, as contas ativas e os valores investidos continuam em ascensão nos últimos anos.
Investimentos em LCIs e LCAs crescem, mas perderão isenção de IR
Os títulos de renda fixa, como LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio), têm atraído mais investidores nos últimos anos, mesmo sem popularidade em comparação a títulos do Tesouro Nacional ou CDBs.
Fatores como a isenção de Imposto de Renda e a facilidade de acesso por meio de plataformas de investimento impulsionaram esse crescimento.
Esses títulos funcionam como empréstimos do investidor às instituições financeiras, direcionando recursos a setores específicos da economia. Entretanto, a proposta do Ministério da Fazenda prevê a cobrança de 5% de imposto sobre esses investimentos.
Dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) revelam que, em abril, o número de contas com investimento em LCIs cresceu 63%, totalizando 2,1 milhões. As contas de LCAs saltaram 53%, chegando a 1,3 milhão.
O valor total investido também teve aumento significativo:
- LCAs: subiu de R$ 209 mil para R$ 326,5 bilhões.
- LCIs: avançou de R$ 103,4 bilhões para R$ 153 bilhões.
Comparado aos CDBs, que somam R$ 995 bilhões, as LCIs e LCAs ainda ficam atrás, mas se aproximam do volume de ações, que é de R$ 234 bilhões.