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Entenda os próximos passos da ação contra Jair Bolsonaro no STF

PGR acusa Jair Bolsonaro de ser o principal articulador de tentativa de golpe e inicia fase final do julgamento no STF. A defesa dos réus terá prazos para apresentar alegações antes da decisão da Primeira Turma.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) entregou, nesta segunda-feira (14), ao Supremo Tribunal Federal (STF), as alegações finais no processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados, acusados de tentar reverter o resultado das eleições de 2022.

A manifestação, assinada pelo procurador-geral Paulo Gonet, classifica Bolsonaro como o “principal articulador” da tentativa de ruptura democrática. A Primeira Turma do STF será responsável por julgar o caso ainda neste segundo semestre.

De acordo com o documento, Bolsonaro é identificado como líder da organização criminosa, com o objetivo de desestabilizar a ordem constitucional e impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

O texto destaca que Bolsonaro:

  • Controlou manifestantes;
  • Instrumentalizou órgãos do Estado;
  • Divulgou narrativas falsas sobre o sistema eleitoral.

Com isso, busca incitar uma intervenção militar. A PGR descreveu a organização como dedicada à incitação de intervenção militar e propagadora de ataques aos poderes constitucionais.

Com o envio das alegações finais, inicia-se a última etapa antes do julgamento:

  • A defesa de Mauro Cid terá 15 dias para suas alegações;
  • Demais réus terão mais 15 dias para suas defesas finais;
  • Após, o STF agendará a data do julgamento.

A Primeira Turma, composta por cinco ministros, decidirá por maioria sobre os acusados:

  • Absolvição: se não houver provas suficientes;
  • Condenação: se confirmada a atuação para subverter a ordem democrática.

Em caso de condenação, penas diferentes podem ser propostas e a decisão pode ser recorrida ao próprio STF.

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