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Entenda por que dólar e juros despencam e Ibovespa sobe mesmo com tarifa dos EUA ao Brasil

O mercado brasileiro demonstra otimismo, com o dólar despencando e os juros futuros caindo em meio a tarifas americanas menos impactantes. Analistas acreditam que o cenário favorável pode ajudar o Banco Central a controlar a inflação.

Os mercados brasileiros de câmbio e juros futuros começaram o dia positivo após o anúncio das tarifas de Donald Trump.

O dólar caiu mais de 1% e chegou a operar a R$ 5,60, enquanto as taxas de juros tiveram quedas robustas, especialmente nos prazos mais curtos.

A percepção é de que o Brasil foi menos impactado pelas tarifas, com uma sobretaxa de 10%. Em comparação, a China enfrentará taxas de 34%.

"A narrativa é de Brasil melhor no relativo", afirmou um especialista do setor financeiro, destacando que a combinação de commodities em queda e dólar fraco melhora o cenário de inflação.

Os juros futuros caíram mais de 0,2 ponto percentual nos vértices intermediários, enquanto as taxas dos títulos do Tesouro americano caíram menos de 0,1 ponto.

A desvalorização do dólar também é influenciada por desmontagens de posições no mercado de derivativos, com apostas de valorização do dólar diminuindo.

Houve uma rotação de ativos, com investidores realocando capital para regiões como Europa e América Latina, evidenciada pelo Ibovespa, que subiu 9% no ano.

As incertezas econômicas nos EUA podem atrasar investimentos e compras, levando a uma piora nas perspectivas de lucros das companhias, o que torna o mercado brasileiro mais atraente.

Apesar das perspectivas otimistas, alguns alertam que a apreciação do real pode ser frágil devido à queda das commodities. "A narrativa é do Brasil como ganhador relativo", conclui o especialista.

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