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Entenda por que Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, foi preso

Operação do MPSP desmantela esquema de corrupção envolvendo fiscais da Secretaria da Fazenda e executivos de grandes empresas. Suspeitas incluem a manipulação de créditos tributários e propinas que podem ultrapassar R$ 1 bilhão.

Operação Ícaro é deflagrada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) nesta terça-feira (12), resultando na prisão de Sidney de Oliveira, dono da Ultrafarma, e Mario Otávio Gomes, diretor da Fast Shop.

Foram presos temporariamente Arthur Gomes da Silva Neto, supervisor da Diretoria de Fiscalização (DIFIS) da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, e Marcelo de Almeida Gouveia, também da pasta.

A operação visa desarticular um esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais, que favoreciam empresas do setor varejista em troca de vantagens indevidas. Estima-se que as propinas ultrapassem R$ 1 bilhão.

No esquema, Arthur Neto manipulava processos para facilitar créditos tributários, em troca de propinas mensais pagas à Smart Tax, empresa registrada em nome da mãe dele. Ele tinha autonomia para conceder créditos de ICMS, melhorando os lucros das empresas.

Oliveira mantinha contato constante com Neto sobre benefícios fiscais, com 174 e-mails encontrados em sua caixa de mensagens, evidenciando sua participação no esquema. Ele supervisionava as operações, garantindo o cumprimento dos acordos ilícitos.

Mario Gomes é identificado como principal responsável pelas negociações com a Smart Tax, pagando propina para benefícios fiscais na Fast Shop.

A investigação também menciona um possível contrato entre os auditores e a rede de supermercados Oxxo. Ultrafarma, Smart Tax e Oxxo ainda não se manifestaram, enquanto a Fast Shop colabora com a apuração.

A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo está à disposição das autoridades e instaurou procedimento administrativo para investigar a conduta do servidor envolvido.

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