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Entidades da indústria criticam juros, mas as do comércio dizem que BC fez o certo

Indústrias criticam aumento da Selic e alertam sobre impactos negativos na economia, enquanto comércio varejista mostra posições divididas sobre a necessidade da elevação. Entidades pedem atenção ao cenário econômico e à urgência de reformas fiscais para assegurar crescimento sustentável.

Copom eleva a taxa Selic para 14,75%, o maior nível em quase 20 anos. A decisão foi anunciada na quarta-feira (8) e gera reações distintas entre os setores.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) critica a medida, afirmando que trará consequências negativas para emprego e bem-estar. O presidente, Ricardo Alban, destaca a desaceleração da economia e prevê um crescimento do PIB de apenas 2,3% em 2025, inferior ao ano passado.

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) também considera o aumento excessivo, ressaltando que a indústria já enfrenta desafios. Eles pedem uma reforma fiscal e políticas que promovam a inovação e a competitividade.

A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) alerta sobre a intensificação da desaceleração econômica e solicita uma abordagem de política monetária mais equilibrada.

Por outro lado, entidades do varejo como a FecomercioSP mostram-se mais flexíveis, argumentando que o aumento era necessário devido à alta da inflação dos serviços. Eles sugerem que o ciclo de alta da Selic pode estar chegando ao fim.

A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) considera a decisão coerente com as expectativas do mercado, mas a Associação Paulista de Supermercados (APAS) critica a política de juros elevados, advogando por uma manutenção ou redução da taxa.

O cenário atual de incertezas globais e desafios internos é amplamente citado como um fator que exige cautela nas próximas decisões do Copom.

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