Entidades suspeitas de fraudes no INSS ampliam arrecadação em 253% sob governo Lula
Crescimento de 253% na arrecadação com descontos em benefícios do INSS sinaliza irregularidades. Auditoria aponta aumento de reclamações e pedidos de exclusão, levando à suspensão dos acordos e operações de investigação.
A arrecadação de entidades com acordos no INSS aumentou 253% entre 2022 e 2024, segundo auditoria da CGU.
O valor arrecadado saltou de R$ 702 milhões em 2022 para R$ 2,5 bilhões em 2024.
Dessas, 11 das 31 entidades concentraram 84,6% dos valores descontados, arrecadando R$ 1,1 bilhão em 2023, de um total de R$ 1,3 bilhão.
- Contag: arrecadação subiu de R$ 339,9 milhões em 2016 para R$ 451 milhões em 2024.
- Sindnapi: aumentou de R$ 17,8 milhões em 2016 para R$ 104,1 milhões em 2024.
- CBPA: arrecadou R$ 57,9 milhões em 2023 e R$ 164,7 milhões em 2024.
- Apdap Prev: de R$ 41,8 milhões em 2023 para R$ 87,6 milhões em 2024.
- MasterPrev: sem arrecadação em 2023 e previsão de R$ 99 milhões em 2024.
A CGU também identificou um aumento nas reclamações de segurados sobre descontos não autorizados. O relatório recomendou a suspensão imediata dos descontos de várias entidades, mas foi ignorado.
Após a Operação Sem Desconto, todos os acordos foram suspensos, revelando fraudes com filiações forçadas e descontos automáticos.
O governo planeja devolver recursos e bloquear bens das associações. Além disso, houve a exoneração do presidente do INSS e o cancelamento dos 31 acordos de cooperação.