Entre juros e petróleo: choque de realidade diminui otimismo com a bolsa
O otimismo inicial do mercado é ofuscado por incertezas sobre juros e o impacto do petróleo. Enquanto o Ibovespa avança modestamente, investidores reavaliam suas estratégias em meio a um cenário econômico volátil.
Mercado financeiro brasileiro: nesta terça (24), o apetite ao risco foi inicial, mas se desfez ao longo do dia.
O Ibovespa subiu 1,2% pela manhã, mas fechou com 0,45% de ganho, retornando aos 137 mil pontos. Em junho, o índice apresentou uma leve alta de 0,1%, e no ano acumula valorização de 14%.
O volume da carteira do Ibovespa foi de R$ 15,5 bilhões, abaixo da média de R$ 16,6 bilhões.
Dois fatores contribuíram para a queda no otimismo:
- Petróleo: Com a trégua entre Israel e Irã, o petróleo tipo Brent caiu 6%, para US$ 67,14 por barril.
- Juros: Discussões sobre a Selic voltaram a impactar o apetite por investimentos no Brasil. A ata do Copom sinalizou que não há pressa para cortes.
O dólar comercial fechou em alta de 0,3%, a R$ 5,52, enquanto a Selic permanece em patamares elevados, com retorno na renda fixa atraente.
Jerome Powell, do Federal Reserve, ressaltou que os cortes de juros nos EUA estão distantes.
O panorama mistura otimismo contido e desafios para investidores, com juros e petróleo sendo os principais pontos de atenção.