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Entre tarifaço de Trump e invasão do Vietnã: peixes brasileiros enfrentam maré brava

Tarifas e importações elevam desafios para a piscicultura brasileira, que enfrenta um cenário de prejuízos e demissões. Produtores buscam apoio governamental para reverter a crise e fortalecer o mercado interno.

A piscicultura brasileira enfrenta uma crise sem precedentes, com a produção crescendo e exportações aumentando antes de um impacto severo no setor.

O presidente Donald Trump impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, afetando diretamente as exportações, que têm os Estados Unidos como principal destino (90%). Além disso, o governo brasileiro liberou a importação de tilápia do Vietnã, aumentando a concorrência interna.

Jairo Gund, da Abipesca, alerta que este é o “pior momento da história do setor”. A projeção é de um prejuízo de R$ 600 milhões em 2025, levando a empresas a adotarem férias coletivas e demissões.

Em 2024, o Brasil produziu 968.745 toneladas de peixes de cultivo, um aumento em relação a 2023. As exportações cresceram 138%, totalizando 13.792 toneladas, com destaque para o Paraná, que respondeu por US$ 35,7 milhões em vendas.

Edmilson Zabott reforça que muitos produtores são agricultores familiares, enfrentando grande impacto econômico e social pela tarifa e concorrência.

O Ministério da Agricultura autorizou a importação de tilápia do Vietnã, causando preocupações sobre segurança alimentar e competição desleal no setor.

Diante da crise, algumas estratégias estão sendo articuladas:

  • Suspender importações do Vietnã para fortalecer o mercado interno.
  • Negociar com os EUA a revogação das tarifas.
  • Buscar a retomada do status de exportador na Europa.
  • Revisar a tributação estadual e pleitear uma linha de crédito de R$ 900 milhões.

Os produtores estão em busca de condições justas para continuar suas atividades e evitar ações judiciais devido a compromissos financeiros. A situação exige atenção e ação imediata por parte do governo.

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