Entre Trump e memes, conclave decide futuro do legado de Francisco
Cardeais se preparam para o conclave que escolherá o sucessor de Francisco, enquanto a Igreja Católica enfrenta desafios contemporâneos. A dinâmica política em meio a tensões sociais e a influência popular no papado são temas centrais na expectativa pela nova liderança.
Em 236 d.C., uma pomba pousou na cabeça do padre Fabiano, levando à sua escolha unânime como papa, onde governou por 14 anos. Agora, em um momento histórico, 133 cardeais se reunirão a partir do dia 7 para eleger o sucessor de Francisco, que faleceu em 21 de outubro.
A escolha é cercada de expectativas, com um Colégio Cardinalício renovado enfrentando desafios contemporâneos, como a inteligência artificial, questões sociais e a necessidade de revitalização da Igreja Católica. A conexão com o legado do primeiro papa sul-americano, que viu a Igreja se expandir para as periferias, é evidente.
Pietro Parolin, atual secretário de Estado e cardeal-bispo mais velho, é apontado como grande favorito. Sua experiência diplomática e o histórico de negociações complexas, como com a China, são fatores favoráveis para a próxima liderança. No entanto, ele não é o único considerado; outros nomes em destaque incluem:
- Fridolin Ambongo, arcebispo de Kinshasa, potencial primeiro papa negro, mas com perfil conservador.
- Luis Antonio Tagle, "Francisco asiático", com tendência liberal.
- Péter Erdo, conservador, e Anders Arborelius, representante de um país crescente em catolicismo.
- Matteo Zuppi, arcebispo de Bolonha, e Pierbattista Pizzaballa, bem cotado na diplomacia.
Cada candidato terá o desafio de lidar com questões que envolvem escândalos financeiros, abuso sexual e a relevância da Igreja no mundo atual. A congregação de cardeais ressaltou o risco de a Igreja se tornar autorreferencial se não interagir efetivamente com o mundo.
O próximo papa, seja conservador ou reformista, deverá honrar o legado de Francisco e suas abordagens inovadoras para os desafios da era moderna.