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'Entrei em pânico e gastei 400 dólares online': a reação de americanos às mudanças no frete de compras internacionais

Mudanças nas regras de importação nos EUA geram preocupações entre consumidores e pequenos varejistas. A isenção de tarifas e regulamentações para pacotes de baixo valor, fundamental para o comércio eletrônico, chega ao fim, impactando preços e acessibilidade.

Novas regras nos EUA afetarão compras online da China

No início deste ano, Deborah Grushkin, uma compradora online de Nova Jersey, entrou em pânico após a assinatura de uma ordem por Donald Trump que eliminou a isenção de impostos para pacotes da China abaixo de US$800.

A medida, apoiada por varejistas tradicionais, surgiu devido ao aumento das encomendas nesse limite e já está sendo considerada por países como Brasil e Reino Unido.

Com a decisão de Trump e a imposição de novas tarifas comerciais, pequenas empresas podem enfrentar dificuldades financeiras e consumidores, como Deborah, já se preparam para aumentos de preços e escassez de produtos.

A isenção, chamada de minimis, facilitou o comércio nos últimos anos, representando mais de 7% das importações de consumo em 2023. No ano passado, quase 1,4 bilhão de pacotes passaram pela isenção.

Defensores da isenção argumentam que promove preços mais baixos, enquanto críticos afirmam que empresas estão abusando dessas regras, levando à entrada de produtos ilegais.

Após a mudança nas regras, a Temu anunciou que não venderá mais de forma direta, mas por vendedores locais nos EUA. Economistas estimam que a eliminação da isenção acarretará um custo adicional de pelo menos US$10,9 bilhões.

Dúvidas e preocupações persistem sobre a aplicação das novas regras e seu impacto na fiscalização alfandegária. Enquanto a Alfândega garante que a fiscalização será mantida, empresas como Shein e Temu já avisaram sobre o aumento de preços.

Pequenas empresas enfrentarão desafios significativos. A Indochino e outras marcas alertam que o fim da isenção representa uma ameaça à sua viabilidade.

Steven Borelli, CEO da CUTS, afirma que está considerando aumentos de preços e cortes de empregos, ressaltando que a rapidez das mudanças dificulta ajustes.

No geral, a nova política tem gerado grande inquietação entre consumidores e empresas, sinalizando um possível fim de uma era no comércio online.

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