Entrevista: Brasil precisa ter cautela em resposta a Trump, diz senadora que relatou PL da Reciprocidade
Tereza Cristina defende que a nova lei de reciprocidade permitirá ao Brasil se proteger contra protecionismos globais e reforçar sua posição nas negociações comerciais. A medida surge em um momento de inatividade da OMC e busca garantir um espaço para diálogo e defesa dos interesses brasileiros.
Relatora do PL da Reciprocidade, Tereza Cristina (PP-MS) afirma que a nova lei permitirá que o Brasil reaja a medidas protecionistas de forma mais eficaz, especialmente devido à paralisação da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Como ex-ministra da Agricultura, ela sublinha que essa legislação surgiu da necessidade de proteger o Brasil contra barreiras comerciais, como as ameaças da União Europeia relacionadas ao meio ambiente.
O projeto busca equipar o Brasil com um instrumento que __facilite__ negociações comerciais, especialmente diante das tarifas de 10% impostas pelos EUA.
A sanção da lei pelo presidente Lula é esperada em breve. Cristina destaca que a lei é uma "carta na manga" para o Brasil, visando permitir reações adequadas às ofensivas comerciais, mas adverte que retaliações só devem ocorrer após tentativas de negociação.
A aprovação da lei no Congresso ocorreu rapidamente, unindo governo e oposição, sendo vista como uma resposta ao avanço das tarifas dos EUA. Cristina ressalta que esta é uma medida que busca proteger os produtos brasileiros contra tensões comerciais.
O impacto das tarifas será analisado, especialmente no setor do etanol, e Cristina defende a busca por acordos de livre comércio que fortaleçam o Brasil no cenário internacional.
Ela acredita que a China pode aumentar suas compras de produtos agropecuários do Brasil em decorrência das novas tarifas impostas pelos EUA.