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Entrevista: China ‘julga ter chance extraordinária de disputar liderança com EUA’, diz Mendonça de Barros

José Roberto Mendonça de Barros analisa os efeitos da política imigratória de Trump e o ataque às universidades nos EUA. O economista alerta para a possível estagflação e o impacto negativo sobre a inovação e a liderança americana.

Impactos Econômicos das Medidas de Trump

O economista José Roberto Mendonça de Barros alerta para as consequências econômicas de duas ações do presidente dos EUA, Donald Trump: a deportação de imigrantes e os ataques às universidades.

No setor agrícola, ele afirma que a agricultura americana está em crise devido à falta de mão de obra e aos altos impostos sobre fertilizantes canadenses. A exclusão do mercado chinês agrava a situação.

Os ataques às universidades, segundo ele, podem comprometer a liderança tecnológica dos EUA. Com o PIB americano caindo 0,3%, é provável que o país enfrente estagflação (estagnação e inflação) e um choque na cadeia global de suprimentos.

Sobre a guerra comercial com a China, a resposta chinesa foi tarifa por tarifa, o que pode alterar a geopolítica global. Países buscam reduzir a dependência do mercado americano, como o Canadá e a Europa, que investem em segurança e tecnologia.

As reservas de contêineres entre China e EUA caíram 40% a 50%, indicando uma desaceleração do comércio. Isso, junto à disputa tecnológica, sugere uma possível erosão da liderança americana.

Para o Brasil, há oportunidades nas commodities, com a expectativa de que ganhe neste cenário de volatilidade global. No entanto, a economia brasileira, mais fechada, está menos vulnerável a essas turbulências.

Sobre a deportação de imigrantes, a agricultura enfrenta um choque de oferta, especialmente nas áreas que dependem da mão de obra imigrante, como construção civil e serviços.

Em relação às universidades, a queda no número de estudantes internacionais pode prejudicar a inovação e o financiamento, essenciais para o setor tecnológico americano.

Por último, Trump tem criticado o presidente do Fed, Jerome Powell, testando os limites do poder presidencial e sugerindo um desejo por hiperpresidencialismo.

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