Equador escolhe novo presidente neste domingo em 2º turno acirrado
Noboa e González se enfrentam em um segundo turno decisivo que reflete a crise social e econômica do Equador. A eleição acontece em meio a um ambiente de violência crescente e polarização política intensa.
O presidente Daniel Noboa e a opositora de esquerda Luisa González disputarão um acirrado segundo turno das eleições presidenciais no Equador neste domingo (13).
González, advogada de 47 anos, busca ser a primeira mulher eleita presidente. Noboa, empresário de 37 anos, quer governar por mais quatro anos após vencer uma eleição antecipada.
O país enfrenta um cenário de violência associado ao tráfico de drogas, com aumento de homicídios e atentados. Moradores expressam preocupação com a insegurança e a pobreza.
No primeiro turno, os candidatos terminaram praticamente empatados, com apenas 0,17% de vantagem para González. O segundo turno é descrito como uma disputa voto a voto.
Mais de 13,7 milhões de pessoas estão convocadas a votar. O desemprego atinge quase 23% e a pobreza 28% da população.
Noboa e González propõem modelos econômicos opostos: neoliberalismo versus um Estado mais generoso. A dívida pública aumentou para 57% do PIB.
O cenário político é tenso, com mais de 30 políticos assassinados desde 2023. Noboa, que mantém os militares nas ruas, é denunciado por abusos em sua política de segurança. Já González promete segurança respeitando os direitos humanos.
A escolha entre os dois reflete a polarização do país, que luta contra desafios econômicos e sociais. Uma vitória de González poderia fortalecer o correísmo, com o ex-presidente Rafael Correa ao fundo.