Erika Hilton ameaça ir à ONU contra Trump após ser identificada como homem em visto dos EUA: 'tenho meus direitos'
Erika Hilton busca apoio internacional após ser reconhecida como homem nos EUA, desconsiderando sua identidade de gênero. A deputada planeja acionar entidades como a ONU e dialogar com o Itamaraty sobre o episódio de transfobia.
Deputada Erika Hilton (Psol-SP) ameaça acionar a ONU e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos após os EUA concederem visto considerando seu gênero como masculino, desrespeitando sua certidão de nascimento e documentos.
Ela tentou viajar para os EUA em 12 de abril para um painel na Brazil Conference, mas cancelou devido ao problema com o visto.
Hilton considera o caso um crime de transfobia e busca apoio institucional do Congresso assim que as atividades forem retomadas após o feriado de Páscoa.
Em contato com o Itamaraty, ela pediu uma reunião com o ministro Mauro Vieira para cobrar explicações do embaixador americano.
Hilton também estuda acionar a Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
Durante o governo Trump, foi assinada uma ordem executiva reconhecendo apenas os gêneros masculino e feminino, dificultando a inclusão de identidades não binárias.
Em nota, a embaixada dos EUA afirmou que os registros de visto são confidenciais e que a política é reconhecer apenas dois sexos, conforme a Ordem Executiva 14168.
Após a repercussão do caso, Erika desabafou: "Isso já está acontecendo nos documentos de pessoas trans nos EUA faz algumas semanas." Ela defendeu que seus documentos são oficiais e retificados, com registro como mulher.
Ela reafirmou: "Sou uma cidadã brasileira e tenho direitos garantidos pela nossa Constituição."