Escassez de mão de obra afeta oito das dez ocupações que os supermercados mais empregam
Escassez de profissionais no setor de supermercados leva a adiamentos de inaugurações e desafios para redes varejistas. Fatores como trabalho autônomo e preferências por empregos informais agravam a situação.
Escassez de Mão de Obra nos Supermercados Brasileiros
No Brasil, a taxa de desemprego está em níveis historicamente baixos, mas a escassez de profissionais no setor de supermercados se tornou um desafio crítico. A Associação Paulista de Supermercados (Apas) relata que, em casos extremos, a falta de mão de obra atrasou a inauguração de novas lojas.
Segundo um levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC), oito de dez ocupações no setor enfrentam essa escassez, representando quase 70% da força de trabalho. Os profissionais mais procurados são os técnicos e qualificados. Redes como Hirota e Tauste estão enfrentando dificuldades para preencher vagas, levando a medidas como realocação de funcionários.
Entre os fatores que contribuem para essa situação estão:
- Preferência por empregos informais entre os jovens.
- Impacto de programas sociais sobre a oferta de trabalhadores.
A CNC avaliou a escassez com base em dados do Caged e critérios como crescimento salarial e aumento de admissões em ocupações demandadas. A rede Carrefour, por sua vez, confirmou desafios na contratação, especialmente em funções como operador de caixa e açougue.
Além de deslocar funcionários entre unidades, as redes começaram a mudar suas táticas de contratação. Tauste realiza entrevistas no ato da entrega de currículos, enquanto o Carrefour promove programas para contratar maiores de 60 anos.
Embora algumas redes estejam ampliando benefícios, a falta de experiência e a pressão para aumentar os salários são obstáculos significativos. Redes como o Grupo Muffato e o Carrefour investem em treinamento e desenvolvimento profissional como parte de suas estratégias para enfrentar a escassez de mão de obra.