Escolha de Trump para liderar Estatísticas do Trabalho aumenta temor de interferência política
Economistas preocupam-se com a nomeação de E.J. Antoni para o BLS, temendo que sua abordagem política comprometa a objetividade dos dados econômicos. A demissão de sua antecessora e a falta de experiência em temas trabalhistas levantam dúvidas sobre sua capacidade de manter a credibilidade da agência.
E.J. Antoni é indicado para chefiar o Bureau of Labor Statistics (BLS) após a demissão de Erika McEntarfer, acusada por Trump de manipulação de dados. O presidente afirmou que Antoni “garantirá números HONESTOS e PRECISOS”.
Economistas expressam preocupação sobre a politização do BLS, uma agência tradicionalmente neutra, citando o histórico de Antoni em distorcer estatísticas para sustentar posições partidárias.
Antoni, economista de 37 anos com doutorado e experiência em think tanks conservadores, é criticado por sua falta de conhecimento sobre dados econômicos relevantes ao BLS. A confirmação de sua nomeação pelo Senado ainda é necessária.
Especialistas ressaltam a importância da independência dos dados econômicos, usados por diversas instituições, incluindo o Federal Reserve e a Administração da Seguridade Social. O ceticismo sobre a imparcialidade dos dados já era significativo, e a indicação de Antoni pode intensificar essas dúvidas.
William Beach, ex-comissário do BLS, adverte que Antoni enfrentará desafios para garantir sua credibilidade e independência, especialmente após a demissão de McEntarfer em meio a um relatório de empregos fraco.
O primeiro compromisso de Antoni no Senado será com a Comissão de Saúde, Educação, Trabalho e Aposentadorias, onde será questionado sobre como manterá a imparcialidade da agência sob pressão política.
A senadora Patty Murray adverte que a confirmação de Antoni comprometerá a integridade dos dados do BLS, enquanto o senador Bill Cassidy reforça a necessidade de um comissário imparcial para a produção de informações econômicas confiáveis.