Especialistas defendem mais debates sobre Parcerias Público Privadas em saúde
Especialistas destacam a importância de debater o modelo de Parcerias Público Privadas (PPPs) na saúde como uma alternativa viável para a gestão hospitalar. Projeção indica que o Brasil pode alocar até R$ 5 bilhões em investimentos nessa área nos próximos anos.
Debate sobre Parcerias Público Privadas (PPPs) na saúde é essencial, segundo especialistas durante a Rio Innovation Week.
Não existe um modelo ideal para gestão hospitalar no Brasil; as PPPs podem ser eficientes, especialmente em grandes hospitais.
Renato Sucupira, presidente da BF Capital, apontou que o modelo de PPPs, presente há 15 anos, pode alocar cerca de R$ 5 bilhões em recursos nos próximos anos.
Atualmente, há 2,5 mil leitos hospitalares em gestão PPP e outros 2,5 mil em licitação, segundo Sucupira.
Ele destacou que os pagamentos têm sido feitos e que a qualidade dos serviços é bem avaliada: “A sociedade está gostando dos serviços”.
Os contratos devem ser de, no mínimo, 20 anos, com possibilidade de aditivos para garantir o bom funcionamento.
Daniel Soranz, secretário de Saúde do Rio, concordou que mais debates são necessários, reconhecendo que as PPPs são a melhor opção em alguns casos, como no Complexo Hospitalar Souza Aguiar, que demanda R$ 850 milhões em investimento.
Ele ressaltou a importância de estudar o mercado e os contratos para decidir sobre a implementação de PPPs.
Roberto Medronho, reitor da UFRJ, apontou o preconceito que o modelo enfrenta e a necessidade de conectar gestores públicos com a indústria.
Medronho também anunciou a criação de um espaço de coworking na UFRJ para startups na área de saúde, reafirmando que as PPPs são estratégicas para o setor.