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Especialistas divergem sobre ação do governo no STF contra derrubada do IOF

Governo busca proteção do STF contra derrubada do aumento do IOF, acirrando as tensões entre os Poderes. Especialistas divergem sobre a constitucionalidade da ação e suas implicações para a arrecadação federal e o sistema político.

Governo aciona STF contra decreto que derrubou aumento do IOF.

A decisão gerou reações distintas entre especialistas em direito constitucional:

  • Advogados favoráveis argumentam que o movimento é necessário para preservar o equilíbrio entre os Poderes.
  • Outro grupo critica e vê riscos institucionais, questionando o papel da AGU.

Na ação protocolada em 1º de julho, a AGU afirma que o Congresso violou a separação de Poderes ao sustar o decreto do Executivo que aumentava o IOF. O governo argumenta que:

  • A definição do tributo é prerrogativa do Executivo.
  • A decisão legislativa traz insegurança jurídica e prejuízo à arrecadação.

O advogado Lenio Streck defende o governo, alegando que a derrubada do aumento reflete uma tentativa do Congresso de usurpar prerrogativas do Executivo.

Por outro lado, o advogado André Marsiglia acredita que o STF não deve acolher o pedido do governo, enfatizando que a AGU deve defender interesses da União e não do governo.

O ministro Alexandre de Moraes será relator da ação no STF, que já analisa outros casos sobre o IOF.

Contexto da judicialização: Anunciada pelo ministro da AGU, Jorge Messias, o governo quer que o STF confirme que o aumento do IOF é responsabilidade do Executivo.

Histórico: Esta não é a primeira vez que Lula recorre ao STF por questões de arrecadação, tendo anteriormente contestado a desoneração da folha de pagamentos.

A alta no IOF, aprovada pelo governo, visa fortalecer a arrecadação e evitar novos bloqueios no Orçamento, com previsão de gerar R$ 12 bilhões para a Fazenda.

A revogação da alta foi aprovada no Congresso em 25 de junho, sendo a pior derrota de Lula na Câmara. A votação no Senado foi simbólica, com a decisão sendo chamada de "derrota para o governo" pelo presidente Davi Alcolumbre.

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