Esquerda articula com chefe da CCJ para evitar cassação de Glauber
Líderes da esquerda buscam reverter a decisão que aprova a cassação do deputado Glauber Braga. A reunião na CCJ visa apresentar um recurso e contestar a acusação como motivação política.
Líderes da esquerda na Câmara dos Deputados articulam reunião com o presidente da CCJ, Paulo Azi (União Brasil-BA), para evitar a cassação do mandato do deputado Glauber Braga (Psol-RJ).
O líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), tem atuado diretamente nas negociações, e se reunirá com Azi na 3ª feira (22.abr.2025) para discutir a defesa de Braga.
Nesta 4ª feira (16.abr), Lindbergh se encontrou com a deputada Sâmia Bonfim (Psol-SP), esposa de Glauber, para tratar de estratégias na CCJ.
O recurso ainda está em elaboração, com ajuda de uma força-tarefa de advogados, e deverá ser entregue até 3ª feira (22.abr). Sâmia afirma que o partido usará o “prazo máximo”.
O Conselho de Ética aprovou o pedido de cassação por 13 votos a 5 em 9 de abril. Desde então, Glauber faz greve de fome em protesto, permanecendo no Plenário 5.
A aprovação da cassação não resulta na perda imediata do mandato. Se a CCJ aprovar a resposta de Braga, o caso retorna ao Conselho de Ética. Se recusado, vai a plenário, onde são necessários 257 votos favoráveis para confirmar a cassação.
Um grupo de 24 advogados, incluindo Kakay, afirmou que Glauber é alvo de um processo de viés político. Eles alegam que a cassação configura uma punição excessiva.
A decisão do conselho é comparada a casos anteriores semelhantes que não resultaram em cassação.
Braga é processado por agredir o youtuber Gabriel Costenaro, membro do MBL, em abril de 2024. O deputado alega ter sido provocado por Gabriel durante um almoço.
Após o incidente, o partido Novo solicitou a cassação, que foi encaminhada ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Braga acusa o presidente Arthur Lira de perseguição, associando o parecer à sua ação judicial no STF que travou a destinação de emendas em 2024.