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Esquerda boliviana busca eleitor oculto e tenta evitar voto nulo defendido por Evo

Eleições na Bolívia enfrentam polarização entre candidatos de esquerda e direita, com Andrónico Rodríguez tentando distanciar-se do legado de Evo Morales. A crise econômica e a polarização interna complicam a campanha e ameaçam a viabilidade da esquerda nas urnas.

Próximas eleições na Bolívia têm como pano de fundo a disputa acirrada no Trópico de Cochabamba, reduto do ex-presidente Evo Morales, com cartazes de políticos de direita vandalizados e um forte apoio ao candidato de esquerda Andrónico Rodríguez.

A esquerda, que governou por 20 anos, enfrenta desafios após a crise entre Evo e o atual presidente Luis Arce, que desistiu da reeleição. Andrónico Rodríguez, presidente do Senado e favorito da esquerda, se distanciou de Evo e sofreu críticas por isso.

Ao mesmo tempo, Samuel Doria Medina e Jorge "Tuto" Quiroga lideram as pesquisas, com Rodríguez disputando a terceira posição. O candidato acredita na existência de um voto oculto nas regiões cocaleiras, onde as pesquisas falharam em 2020.

Rodríguez e o ex-ministro Eduardo del Castillo tentam desvincular-se do governo de Arce, que enfrenta críticas pela alta inflação e escassez de combustíveis. Durante o debate, ambos foram alvos de ataques relacionados à gestão atual e a Evo.

Rodríguez finalizou a campanha apresentando propostas de revisão regulatória, nova política de mineração, e produção de veículos elétricos, enquanto tenta combater o apelo ao voto nulo, promovido por Evo. Ele vê esse voto como um retrocesso para os movimentos populares.

A vice de Rodríguez, Mariana Prado, condenou o voto nulo, argumentando que isso silencia os eleitores e fortalece os conservadores. Ela destacou que anular o voto não resultará em novas eleições.

Por outro lado, Evo continua atacando o grupo político de Rodríguez, acusando-os de tentativas de difamação e envolvimento em um pedido de prisão contra ele. Rodríguez nega as acusações.

O clima está tenso, e a disputa eleitoral será decisiva para o futuro político da Bolívia.

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