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Esquerda fica fora do Congresso na Bolívia enquanto país se prepara para 2º turno, indica projeção

Partido de esquerda MAS é excluído do Congresso pela primeira vez em 20 anos, permitindo a ascensão de novas forças políticas. O novo cenário exige alianças para garantir a governabilidade nas próximas eleições presidenciais.

O Congresso da Bolívia passa por mudanças significativas após as eleições gerais de 17 de setembro, onde o Movimento ao Socialismo (MAS) ficou fora tanto do Senado quanto da Câmara de Deputados.

De acordo com dados do El Deber, o Partido Democrata Cristão (PDC) de Rodrigo Paz conquistou 15 senadores, tornando-se a principal força parlamentar. Em seguida, a Aliança Liberdade e Democracia (Libre) com 12 cadeiras, e a aliança Unidade, liderada por Samuel Doria Medina, com 8 senadores.

Outras forças políticas, incluindo o MAS, não conseguiram representação no Senado. A amostra da pesquisa foi baseada em 567 seções eleitorais e 131.786 eleitores elegíveis.

No Senado, a maioria do PDC lhe concede o poder de propor o próximo presidente do Senado, mas nenhum partido possui a maioria para aprovar leis sem apoiar-se em acordos com outras forças.

Na Câmara dos Deputados, a situação é semelhante: o MAS ficou sem representantes, enquanto o PDC conquistou 51 cadeiras e a Aliança Livre 43. Nenhum partido alcançou a maioria absoluta de 66 cadeiras.

A Bolívia realizará o segundo turno das eleições presidenciais em 19 de outubro, com Rodrigo Paz (PDC) e Jorge Quiroga (Libre) como candidatos. O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) deve oficializar a convocatória em 31 de agosto, iniciando o calendário eleitoral.

A ausência do MAS marca uma nova etapa política na Bolívia, caracterizada por fragmentação e necessidade de acordos obrigatórios para garantir a governabilidade.

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