‘Essa geração não valoriza a posse como algo primordial’, diz Alexandre Frankel, CEO da Housi

Transformações no Mercado Imobiliário: A locação de curta temporada (short stay) ganha destaque no Brasil, impulsionada pelo trabalho remoto e mudança de comportamentos pós-pandemia.

Alexandre Lafer Frankel, CEO da startup Housi, aponta que a alta dos juros tem diminuído o poder aquisitivo, fazendo com que muitos optem pela locação em vez da compra de imóveis. A Housi, com 650 parcerias em 200 cidades, investe em "residências inteligentes" com serviços de hotelaria.

A previsão de faturamento para 2023 da Housi é de R$ 690 milhões, em grande parte graças ao lançamento de um projeto de luxo em São Paulo.

Frankel destaca que a flexibilidade é essencial no setor imobiliário, já que a nova geração não valoriza mais a posse de imóvel. Essa mudança reflete na demanda por modelos de moradia flexíveis, atendendo desde estadas curtas até longos períodos.

A regulamentação do short stay no Brasil está avançando, com novas edições de normas para prédios mais antigos sendo discutidas. A compactação de imóveis é uma resposta à demanda por acessibilidade e menor burocracia.

A Housi está se expandindo e busca personalizar seus produtos para diferentes públicos, desde jovens a idosos. A transformação digital no setor é vista como uma oportunidade de integrar serviços cotidianos em um único espaço.

A empresa se tornou lucrativa durante a pandemia, crescendo em um cenário desafiador, e planeja se internacionalizar com um modelo escalável que pode ser aplicado globalmente. Apesar da possibilidade de um IPO no futuro, o foco atual é em investimentos privados e expansão.

Frankel acredita no potencial do Brasil, que enfrenta altos juros, mas também possui uma demanda contínua e crescente, especialmente entre jovens e a população idosa.