Esta Bienal será a maior da história. Colocá-la de pé é outro tipo de arte
A 36ª Bienal de Arte de São Paulo promete revolucionar a experiência cultural ao abrir suas portas em setembro, com uma extensa programação que busca envolver e educar o público. Com um recorde de 800 mil visitantes esperados e a participação de obras de 19 países, a Bienal se consolida como um espaço de reflexão e discussão contemporânea.
36ª Bienal de Arte de São Paulo, que abrirá em setembro, espera receber 800 mil visitantes em quatro meses.
Para comparação, esse número supera o do MASP em 2022 e é equivalente ao da Bienal de Veneza, que durou seis meses.
A produção da Bienal começa 24 meses antes da abertura, com uma equipe de 76 pessoas permanentes e 250 apenas para montagem.
No total, 47 voos transportarão obras de 19 países.
A captação de recursos é crucial; a Bienal necessita de R$ 90 milhões a cada dois anos, proveniente principalmente de patrocinadores.
A presidente atual, Andrea Pinheiro, elege uma comissão que discute e seleciona os curadores após três meses de discussões.
A supervisão de logística é complexa, envolvida com despachantes, seguradoras e transportadoras. A maior parte das obras chega por avião, enquanto apenas as maiores vêm por navio.
A Bienal deste ano, intitulada “Nem todo viandante anda estradas: da humanidade como prática”, reflete sobre os conceitos de humanidade e seu ecossistema. O curador é Bonaventure Soh Bejeng Ndikung.
Iniciando uma nova duração de quatro meses, a exposição visa atender ao programa educativo e receber 70 mil crianças, muitas vezes seu primeiro contato com a arte.
A Bienal se destaca pela contemporaneidade, oferecendo fácil acesso ao mundo artístico, distante do tradicionalismo dos museus.