Estados que mais exportam para os EUA apostam em pacotes próprios para enfrentar o tarifaço
Estados brasileiros desenvolvem pacotes de apoio às exportações para mitigar impactos do tarifaço de Donald Trump. Medidas incluem linhas de crédito emergenciais e incentivos fiscais para setores mais afetados.
Estados brasileiros buscam alívio econômico diante do impacto das tarifas de Donald Trump, que podem reduzir o PIB em R$ 25,8 bilhões. Ao menos cinco estados estão desenvolvendo pacotes próprios de socorro.
Medidas incluem:
- Linhas de crédito emergenciais com juros subsidiados;
- Criação de fundos estaduais;
- Pagamento de créditos retidos em impostos estaduais, como ICMS.
O Ceará e o Espírito Santo são os mais expostos, com 44,9% das exportações do Ceará indo para os EUA. Entre os maiores exportadores para o mercado americano estão São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, e Rio Grande do Sul.
São Paulo criou uma linha de crédito de R$ 400 milhões e liberou R$ 1,5 bilhão em ICMS retido. O governador de Goiás anunciou um programa de R$ 628 milhões; Minas Gerais, R$ 200 milhões e R$ 100 milhões em ICMS; e o Paraná estruturou financiamentos de R$ 400 milhões.
Rio Grande do Sul lançou uma linha de R$ 100 milhões com condições especiais para empresas exportadoras. O Ceará anunciou auxílio financeiro e aumento de incentivos fiscais, mas sem detalhes completos.
Ainda, Rio de Janeiro e Espírito Santo não têm pacotes específicos. Ambos criaram grupos para estudar os impactos do tarifaço, mas ainda aguardam propostas concretas.
Especialistas sugerem que as ações estaduais e federais devem ser coordenadas para efetividade, com foco em uma visão de longo prazo para o comércio exterior.
Santa Catarina e Paraíba também não apresentaram planos, mas Santa Catarina deve divulgar medidas até sexta-feira, em conjunto com a FIESC.