‘Estamos pressionando governos para proteger direitos autorais’, diz CEO da HarperCollins
Brian Murray, CEO da HarperCollins, defende a resistência da indústria do livro frente à inteligência artificial e ressalta a importância de proteger os direitos autorais. Ele também vê oportunidades no uso da IA para agilizar traduções e criar audiolivros, enquanto destaca o fortalecimento do mercado editorial brasileiro.
Brian Murray, CEO da HarperCollins, acredita que a indústria do livro se adaptará à inteligência artificial (IA), sem comprometer os direitos autorais. Ele não usará IA para gerar livros, mas reconhece as oportunidades que a tecnologia oferece, como audiolivros e traduções mais rápidas.
A HarperCollins, segundo maior conglomerado editorial do mundo, atua no Brasil há 10 anos, com forte presença no mercado evangélico e no setor de livros de colorir. Murray está na Bienal do Livro do Rio para acompanhar este fenômeno.
Brasil na estratégia global:
- Importante pelo crescimento da classe média e infraestrutura.
- Investimentos futuros confirmados para fortalecer a presença.
- Aquisições de editoras brasileiras são consideradas.
Sobre audiolivros:
- Desafios no Brasil devido à falta de catálogo.
- Necessidade de investimento maior no formato.
Impacto das redes sociais: A plataforma TikTok se mostra eficiente para impulsionar vendas e conectar leitores.
Inteligência Artificial:
- A HarperCollins valoriza narrativas humanas e defende os direitos autorais.
- IA proposta para traduções rápidas, mas resistências por parte dos tradutores são esperadas.
- Acordo com empresas de tecnologia para preservar direitos autorais frente à pirataria.
Tarifas e impressão: O CEO destaca a busca pela redução da dependência da China para impressão, em função das tensões políticas.
Desafios do e-commerce: Discute-se a limitação de descontos por livros para apoiar livrarias frente à Amazon, considerada uma frenemy.
Leitura pessoal: Murray lê frequentemente notícias e não ficção, devido à falta de tempo para leitura integral.