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Estatais federais ficam aquém de 30% de mulheres nos conselhos de administração

Aprovada lei garante 30% de mulheres em conselhos de estatais, visando melhorar a representatividade em espaços de poder. Atualmente, apenas 21 das 62 empresas atendem a essa exigência, evidenciando a necessidade de mudanças na estrutura de governança.

Apenas 21 das 62 estatais ou subsidiárias do governo federal atingem 30% de mulheres em seus conselhos de administração, conforme levantamento da Folha.

O Senado aprovou, em 24 de outubro, um projeto que reserva 30% das vagas em conselhos de estatais para mulheres, incluindo empresas de economia mista.

Atualmente, 11 estatais não têm mulheres em seus conselhos. A única estatal com mais mulheres do que homens é a Emgea. Quatro estatais têm 50% do conselho formado por mulheres, incluindo Banco do Brasil e Dataprev.

A nova lei estabelece que o percentual de 30% deve ser alcançado gradualmente, ao longo de três eleições internas. Além disso, um terço das vagas femininas deve ser para mulheres negras ou com deficiência.

O MGI observa que apenas uma ou duas trocas em 18 estatais permitirão que muitas atinjam a meta. Atualmente, mulheres ocupam 23,8% das vagas nos conselhos, com 27,2% entre os indicados pela União.

A professora Ana Diniz destaca que a presença feminina traz representatividade e diversidade de perspectivas, facilitando decisões mais complexas.

A deputada Tabata Amaral afirma que a lei busca garantir a presença de mulheres em casos de mudança de governo e incentivar a prática no setor privado, onde a proporção é menor. No ano passado, mulheres representavam 17% dos conselhos de empresas de capital aberto.

O Movimento Pessoas à Frente apoiou o projeto, citando exemplos de países como a Noruega, que subiu de 2% para 42% de mulheres em conselhos após a implementação de regulamentação, e a França, que alcançou 44,6% em 2021.

Jessika Moreira, do Movimento, afirma que mais mulheres em posições de poder traz inovação e reduz corrupção, aumentando a qualidade dos resultados para a sociedade.

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