Este CEO de tecnologia fez doações misteriosas e abriu mão do controle de sua empresa
George Kurtz, CEO da CrowdStrike, reduz sua participação acionária para 2,5% ao doar mais de US$ 1 bilhão em ações. A mudança ocorre em meio a um período tumultuado para a empresa, que enfrenta investigações e demissões.
George Kurtz, CEO da CrowdStrike, doou mais de US$ 1 bilhão em ações da empresa para destinatários não divulgados, reduzindo sua influência sobre a companhia.
A operação diminuiu seu poder de voto para 2,5%, comparado a 31% em 2022.
Kurtz tem um patrimônio líquido de US$ 3,2 bilhões e é um caso raro no setor de tecnologia, onde fundadores geralmente mantêm poder e controle.
Um porta-voz da CrowdStrike afirmou que as doações refletem planejamento patrimonial e atividades filantrópicas, sem detalhes específicos.
A redução no poder de voto ocorreu após Kurtz acionar uma cláusula para eliminar ações super-votantes.
A situação da CrowdStrike é delicada, especialmente após uma atualização de software que causou uma pane global, resultando em bilhões em danos e a interrupção de voos da Delta Air Lines.
Kurtz foi convocado para testemunhar no Congresso, mas enviou um executivo sênior em seu lugar.
Apesar da recuperação das ações da empresa, que aumentaram quase 90%, a CrowdStrike cortará 500 empregos, ou 5% de sua força de trabalho global.
Além disso, promotores e reguladores dos EUA estão investigando possíveis irregularidades em um acordo de US$ 32 milhões e outras transações da empresa.
As ações doadas por Kurtz foram maioritariamente transferidas para trusts que já venderam a maioria delas, levantando cerca de US$ 1,2 bilhão.
Kurtz, que cofundou a CrowdStrike em 2011, também é conhecido por sua participação em esportes motorizados e atividades imobiliárias no Arizona.
Ele venceu 12 corridas de automóveis em 2023 e fundou o FalconEye Ventures, atualmente desenvolvendo um projeto de US$ 1 bilhão.