Estimamos saída de 180 mil servidores em dez anos e não devemos repor nem um terço, diz Esther Dweck
Ministra Esther Dweck destaca que a reforma administrativa trará economia significativa à gestão pública em curto e médio prazos. As mudanças visam aumentar a eficiência nos serviços e reduzir a quantidade de servidores necessários devido à digitalização.
Ministra Esther Dweck, da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, afirma que a reforma administrativa do governo Lula terá resultados fiscais e proporcionará economia no curto e médio prazo.
Dweck revela que mudanças já em vigor têm gerado economia, e prevê uma queda nos gastos com servidores, resultante das reformas de previdência de 2003 e 2013.
Desde 2010, saíram mais de 240 mil servidores, e a expectativa é que, nos próximos dez anos, cerca de 180 mil deixem o serviço público, com reposição de apenas 15 mil.
A reforma administrativa deve avançar no Congresso, com Dweck participando de audiência sobre o tema. A proposta inclui novas regras para contratação e promoção de servidores e busca regulamentar a questão dos supersalários.
- Diálogo entre os Poderes: Dweck enfatiza a necessidade de consenso sobre a regulamentação de supersalários.
- Propostas de Limites: Sugestões incluem proibições de retroativos de verbas indenizatórias e definição de um subteto.
A ministra destaca os ganhos fiscais da reforma em três áreas: pessoal, digital e organizações e processos. A digitalização já gerou economia de R$ 7,5 bilhões.
Além disso, a estrutura das carreiras no serviço público foi ajustada, aumentando as oportunidades de progressão e promovendo um sistema de avaliação de desempenho.
O governo já implementou 38 medidas em sua reforma, abrangendo desde a transformação digital até a reestruturação de carreiras e operações de compras centralizadas, visando eficiência e economia.