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Estoque de COE chega a R$ 90 bi, mas recheado de polêmica. Vale a pena investir?

Embora os Certificados de Operações Estruturadas (COEs) estejam crescendo em popularidade, sua complexidade pode levar investidores a resultados insatisfatórios. Especialistas alertam que é crucial entender bem essas aplicações antes de investir, para evitar perdas financeiras.

Certificados de Operações Estruturadas (COEs) estão aumentando em popularidade, embora ainda não alcancem a adesão de produtos como ações e CDBs.

Em 2024, o estoque de COEs atingiu R$ 90 bilhões, com uma média diária de 1.092 operações, um crescimento de 16% em relação a 2023.

72% dos COEs estão atrelados a índices, sendo 45% a índices estrangeiros e 27% a índices nacionais. O funcionamento é semelhante a fundos de investimento, mas o rendimento depende de um cenário futuro, com um prazo de vencimento e a possibilidade de apuração em períodos intermediários.

Dos COEs emitidos, 97% são de capital protegido, que devolvem o valor aplicado ao final do prazo. Contudo, é crucial observar:

  • Cenários positivos podem limitar os ganhos.
  • Em cenários negativos, o retorno pode vir sem correção.

Os COEs têm prazos entre dois a seis anos e são pouco negociáveis. Algumas instituições, como a XP, oferecem liquidez após 90 dias.

Vantagens do COE: diversificação e acesso a mercados complexos. O COE pode ser uma alternativa para investidores cautelosos, oferecendo retornos superiores com algum nível de proteção.

Desvantagens: a estrutura é complexa e os investidores podem não entender completamente o produto. 58% dos COEs são do tipo "call", onde o investidor apostará na valorização de um ativo específico.

A seguir, alguns exemplos de COEs:

  • Bolsa Americana “ganha-ganha”: rentabilidade mínima de 13% ao ano com potencial de alta.
  • Bolsa Americana Alta Ilimitada: rentabilidade mínima de zero, mas possibilidade de retorno elevado.
  • Capital de risco sobre título de dívida internacional: rendimento atrelado ao risco de crédito do Brasil.

COEs são complexos, e a falta de compreensão pode resultar em prejuízos. É vital que investidores entendam o funcionamento antes de aplicar.

Em casos recentes, muitos investidores relataram perdas ao investirem em COEs sob recomendações sem compreensão clara. Portanto, é essencial ter cautela!

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